The large gatherings of youths from impoverished urban peripheries in the shopping malls of São Paulo and Rio, known as rolezinhos (little strolls), in the first two months of 2014 and their disputed relation to the wave of political protests in Brazilian cities since June 2013 became the topic of heated debates among intellectuals and journalists in Brazil. Historical parallels ranging from nineteenth-century Paris to colonial Korea help situate the rolezinho phenomenon in a transnational history of urban strolling and to problematize its ambiguous politicality between ostentatious consumerism and revolutionary practice.

Durante os dois primeiros meses de 2014, jovens das periferias urbanas do Rio de Janeiro e de São Paulo formavam grandes aglomeracões nos shopping centers daquelas cidades. Conhecidos como rolezinhos, esses grupos foram objeto de intenso debate entre jornalistas e intelectuais que estabeleceram uma relacão entre o comportamento daqueles jovens e as manifestacões de rua que varreram as cidades brasileiras desde junho de 2013. Paralelos históricos, da Paris novecentista à Coréia colonial, ajudam a situar o fenômeno do rolezinho na história transnacional do passeio. Demais, permite articular o problema da ambigüidade política entre o consumismo ostentatório e a prática revolucionária.