Local in Practice: Professional Distinctions in Angolan Development Work
American Anthropologist / The American Anthropologist
Published online on July 19, 2016
Abstract
Development workers employed by international nongovernmental organizations (NGOs) are commonly classified as national (local) or international (expatriate) staff members. The distinction is presumed to reflect the varieties of expertise required for the work and the workers’ different biographies. I examine the experiences of Angolans working in an international democratization program to demonstrate how some professionals at the lowest tiers of international development NGOs engage in social practices that strategically emphasize or conceal certain skills, kinds of knowledge, or family circumstances to fulfill industry expectations of “local staff.” Doing so allows them access to employment with international organizations and pursuit of a variety of personal and professional goals. These practices reinforce hierarchical inequalities within the development industry, however, limiting these workers’ influence over programmatic action. I argue that professional distinctions among development workers are social achievements and instruments of strategic manipulation by individuals and NGOs rather than accurate reflections of work or workers. The case study provides insight into the institutional reproduction of hierarchical inequalities and the complexly social reasons why those who suffer their limitations may act in ways that reinforce, rather than resist, unequal social structures.
Os trabalhadores na área de desenvolvimento são classificados como funcionários nacionais‐locais ou internacionais (expatriados) pelas organizações não‐governamentais (ONGs) internacionais. A distinção presume refletir as variedades dos conhecimentos requeridos para o trabalho e as diferentes biografias dos trabalhadores. Neste projeto, analisam‐se as experiências dos angolanos que trabalham num programa internacional de democratização para demonstrar como alguns profissionais nos níveis mais baixos dessas ONGs engajam‐se em práticas sociais que estrategicamente enfatizam ou ocultam certas habilidades, conhecimentos, ou circunstâncias familiares de forma a satisfazerem expectativas dos “funcionários locais”. Essas práticas permitem‐lhes acesso a emprego dentro das organizações internacionais e ir de encontro a uma variedade de objetivos pessoais e profissionais. Contudo, tais práticas reforçam desigualdades hierárquicas dentro da indústria de desenvolvimento, limitando a influência desses funcionários sobre a ação programática. Demonstra‐se aqui que essas distinções profissionais são realizações sociais e também são instrumentos de manipulação estratégica pelos indivíduos e pelas ONGs e não são indicadores precisos do trabalho ou dos trabalhadores. Este estudo fornece melhor entendimento da reprodução institucional das desigualdades hierárquicas e as razões complexamente sociais que explicam porque os que sofrem as limitações das estruturas sociais desiguais podem agir de maneira que as reforcem, invés de as resistir. [desenvolvimento internacional, organizações não‐governamentais, desigualdades institucionais, funcionários locais, expatriados, Angola]
Los trabajadores de la industria del desarrollo empleados por organizaciones no gubernamentales internacionales son comúnmente clasificados como miembros del personal nacional (local) o internacional (expatriados). Se presume que la distinción refleja las variedades de pericia requerida para el trabajo y las biografías diferentes de los trabajadores. Examino las experiencias de angoleños que trabajan en un programa de democratización internacional para demostrar cómo algunos profesionales en los niveles más bajos de las ONGs se involucran en prácticas sociales que enfatizan u ocultan estratégicamente ciertas destrezas, conocimiento, o circunstancias familiares para satisfacer las expectativas de la industria sobre el personal local. El hacerlo les permite acceso al empleo con organizaciones internacionales e ir en búsqueda de una variedad de metas personales y profesionales. Sin embargo, estas prácticas refuerzan desigualdades jerárquicas dentro la industria del desarrollo limitando la influencia de estos trabajadores sobre la acción programática. Argumento que las distinciones profesionales entre los trabajadores del desarrollo son logros sociales e instrumentos de manipulación estratégica por individuos y ONGs más que reflejos precisos del trabajo de los trabajadores. El estudio de caso provee luces acerca de la reproducción institucional de las desigualdades jerárquicas y las razones sociales complejas por las cuales aquellos que sufren de sus limitaciones pueden actuar en modos que refuerzan, más que resisten, las estructuras sociales desiguales. [desarrollo internacional, organizaciones no gubernamentales, desigualdad institucional, personal local, expatriados, Angola]